Fred Jorge E Os Maiorais

Fred Jorge E Os Maiorais

A Banda

Fred Jorge E Os Maiorais são autênticos representantes da nova black music brasileira. Soul music, funk clássico, samba, afrobeat e hip hop são os ingredientes da mistura que resulta em um som único, dançante e suingado, no melhor estilo do samba soul brasileiro criado por mestres como Tim Maia, Cassiano, Jorge Ben Jor, Gerson King Combo e Black Rio Band. Essa mistura de estilos pôde ser ouvida no novo disco remasterizado, lançado primeiro de forma independente e agora pela Tropical Diaspora® Records, em Berlim, Alemanha. Há 2 décadas, o grupo já dividiu o palco com nomes importantes da música brasileira, como a banda Funk Como Le Gusta e o mestre Jorge Ben Jor.

A Trajetória

A trajetória da banda teve início com o fim de outra banda, a Big Muff, da qual Fred Jorge era vocalista. Em 1999 o músico, entusiasmado com os discos esquecidos de grupos negros brasileiros que começavam a ser relançados e com as cópias dos vinis Tim Maia Racional volumes I e II – que caíram em suas mãos como um raio – decidiu trilhar um novo caminho: deixou o blues e o rock e montou um grupo para tocar samba soul, além de passar a escrever composições com letras em português à medida que esse universo ia se desvendando. O grupo Fred Jorge e os Maiorais estreou no final de 2000 no palco do Delta Blues Bar, em Campinas/SP. Dez anos depois, com um público exigente e cativo, a banda lança um CD autoral com referências, linguagem musical e instrumentos de época que remetem aos grandes mestres da black music mundial.

O Conceito e o Primeiro Álbum (CD)

Consciente da importância de conhecer e preservar as origens e a linguagem musical do estilo, a banda conta com a pesquisa musical do vocalista e líder Fred Jorge, que também é DJ, produtor, pesquisador e colecionador de discos.

A banda Fred Jorge E Os Maiorais, liderada pelo cantor, DJ e colecionador de discos de vinil Fred Jorge, lança seu primeiro CD com músicas inéditas. Após dez anos tocando em Campinas, São Paulo e região um repertório que resgata e preserva as raízes do samba soul e do funk, a banda estudou a linguagem desses estilos e mostra, por meio de composições próprias, sua história.

A ideia do CD surgiu quando o vocalista Fred Jorge e o baixista Mário Porto reativaram a parceria musical iniciada com a gravação, em 1999, do CD pela banda Big Muff. A ideia inicial de retornar às raízes da música negra brasileira se transformou em uma grande pesquisa sobre o estilo. A mistura dançante de samba e soul music criada por Tim Maia foi o ponto de partida para entender a origem da ponte entre a música brasileira e a música norte-americana (Curtis Mayfield, James Brown, George Clinton, Sly Stone, etc.). A partir daí, iniciou-se a busca por instrumentos que fossem utilizados na época e que dessem ao álbum uma sonoridade próxima às antigas produções. A bateria utilizada foi uma Ludwig 1975, doada pelo baterista e colecionador de baterias raras Laercio Junior. As guitarras Fender e Gibson e os amplificadores vintage vieram do guitarrista biLê e dos amigos Ricky Furlani e Pedro Piazzi. A grande e proposital diferença em relação às antigas produções é que todo esse equipamento foi captado digitalmente. Toda a tecnologia disponível foi usada com parcimônia para dar ao álbum um som único. A busca por um novo conceito e linguagem musical para o estilo surgiu dessa alquimia entre o antigo e o moderno.

O Repertório

O repertório do disco é composto por oito músicas escritas por Fred Jorge e arranjadas em parceria com Mário Porto. De forma simples e direta, Fred Jorge, que não se considera um poeta, mas um observador atento do cotidiano, coloca palavras em situações vivenciadas, recontadas ou discutidas em conversas com amigos. Frases ouvidas nessas conversas e no cotidiano foram gravadas no celular, que aos poucos foi substituindo o caderno durante o processo de criação. O samba Ziquizira, que completa as nove faixas do álbum, foi escrito especialmente para o trabalho por seu amigo Pedro Ortolano, o Pepeu. A inspiração veio quando ele estava a caminho de um show de Jorge Ben Jor.


Participação

O CD contou com a participação de 22 artistas, incluindo os guitarristas Ricky Furlani e Emiliano Sampaio, as cantoras Caroline Blumer (arranjos de coral e direção vocal), Mariana Castrillon e Candice Vitale, os tecladistas Hevaldo Souza e João Cleber e o saxofonista Marcelo Valezi (arranjos e direção de metais). A produção é fruto da parceria entre Fred Jorge e Mário Porto, ex-técnico de som do grupo paulistano Ira!, Jorge Ben Jor e atual técnico de palco da banda Charlie Brown Jr.

Um olhar sobre o estilo da velha geração e o uso ousado das novas tecnologias para inovar: assim se faz o novíssimo black/samba brasileiro. Para ouvir e dançar! Experimente!